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sexta-feira, 4 de março de 2011

Lipídeos na Nutrição Animal - 1ª parte

 
Algumas considerações sobre a gordura na alimentação animal


Os Lipídeos são as chamadas gorduras, que tem por característica comum serem insolúveis em água. São moléculas abundantes na natureza, presente em qse todas sãs fontes de alimentos conhecidos.

A Importância deste nutriente na alimentação é marcante, porque as gorduras, nas suas inúmeras possibilidades químicas estão presentes no organismo todo, de diversas formas, como: componentes essenciais nas células como os fosfolipídeos que formam as paredes celulares, são formadores de energia, carreadores essenciais para absorção das vitaminas A, D, E e K, componentes de hormônios, componentes de enzimas entre outras funções.

Uma dieta pobre em lípides leva a diversos sintomas de degeneração de tecidos, carência grave de vitaminas lipossolúveis, sintomas dermatológicos, queda de pêlos, emagrecimento, raquitismo, entre outros.

Para se determinar o tipo de fonte de lípides e a quantidade que serão incluídas na alimentação deve-se ter conhecimento detalhado do metabolismo destas fontes para os animais.

Diferentemente de outros nutrientes, os lípides contidos em fontes vegetais são perfeitamente absorvíveis pelas mucosas intestinais de quase todas as espécies de mamíferos, pois o beneficiamento do óleo vegetal rompe as paredes celulares da célula vegetal mecanicamente, principalmente no processo a frio que preserva os ácidos graxos mais delicados cãs cadeias de lípides, os ácidos graxos poliinsaturados, visto que a parede da célula vegetal é a maior barreira de aproveitamento de nutrientes de fontes vegetais em animais monogástricos em geral.



Quais as diferenças entre os lípides que podem estar contidos na alimentação?



Basicamente a diferença está no número de carbonos e no grau de saturação da cadeia:

1. quanto mais saturada a cadeia de carbonos do ácido graxo, a gordura ira se apresentar dura à temperatura ambiente. Exemplo: gordura vegetal hidrogenada usada na indústria de massas, biscoitos, bolos e sorvetes; banha de porco; a gordura presente no frango e na carne vermelha.
Este tipo de gordura para ser absovida no intestino precisa sofrer ação de lípases e da bile no intestino e após absorvidas estimulam a produção de LDL (conhecido como “mal colesterol”) e pode trazer problemas metabólicos em humanos, contudo cães e gatos possuem um preparo metabólico que não os deixa correr o risco de hiperlipidemia (aumento de gordura no sangue).



2. quanto menos saturada a cadeia de carbonos do ácido graxo, a gordura ira se apresentar mais fluida à temperatura ambiente. Exemplo: óleos em geral.
Este tipo de gordura para ser absorvida no intestino não precisa sofrer ação de lípases, mas sim da bile no intestino e após absorvidas estimulam uma maior produção de HDL (conhecido como “bom colesterol”)e menos de LDL (conhecido como “mal colesterol”) isso reduz a chance de problemas metabólicos em qualquer espécie de animais.


Necessidades de ácidos graxos essenciais (AGE)



Os ácidos graxos mais importantes para o metabolismo do organismo de forma geral são:



• Ácido linolênico (18:3, W-3);

• Ácido linoleico (18:2, W-6);

• Ácido oleico (18:1, W-9);

Estes possuem 18 C e de 1 a 3 duplas ligações, sendo entre os C 3-4, 6-7 e 9-10, respectivamente.

• Araquidônico (20:4, W-6);

• Ácido palmítico (16:0);

• Ácido esteárico (18:0).




Contudo a maior parte dos mamíferos conseguem, a partir de ácidos graxos com menores cadeias carbônicas, construir estes AGE e manter a saúde dos tecidos normalmente.
A particularidade neste caso é o gato, e os outros felinos, que como carnívoros estritos, necessitam receber os ácidos aracdônico e linoléico na alimentação baseada na carne, que é rica nestes ácidos, que estes animais evoluíram para receber. Então, é muito importante que estas espécies recebam dietas ricas em óleos que contenham a maior quantidades maiores de ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa, para que as necesidades de ácidos graxos linoléico, linolênico e aracdônico sejam atingidas.


Bom, ainda existem diferentes características particulares de alguns ácidos graxos que levam a reações terapêuticas bem específicas, fica para um próximo post.


Bons estudos!!!


Dra. Aline Almeida

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